sábado, 26 de setembro de 2009

O século XIX


O século XIX que se inicia na verdade em 1789, com a revolução francesa e com a ascensão da burguesia é caracterizado pelas descobertas cientificas, pela produção industrial e pela supervalorização da ciência. Essa nova formulação, entretanto, colocava em segundo plano os valores individuais e espirituais. O romantismo foi o primeiro grito de protesto contra essa crescente desumanização das criaturas. No Brasil ele tinha a forma e a linguagem adequadas à formação e às manifestações da nossa nacionalidade condicionadas às nossas conquistas políticas. As datas de 1816, 1822 e 1889 são marcos históricos: de colônia para reino, de reino para império e de império para república.
Em 1810, para satisfazer a côrte portuguesa instalada na cidade do Rio de Janeiro, o príncipe regente D.João decretou a construção de um teatro, nessa cidade o qual foi inaugurado em 1813 recebendo o nome de Real Teatro de São João. Destruído por um incêndio, foi reconstruído com o nome de Teatro São Pedro de Alcântara em homenagem ao primeiro imperador. No período regêncial outro incêndio consumiu essa casa de espetáculos, daí, outra construção e outro nome, Teatro Constitucional Fluminense, uma homenagem a nossa primeira constituição. Outro incêndio e uma quarta reconstrução que toma o nome de Imperial Teatro São Pedro de Alcântara. No governo republicano passou a ter o nome de Teatro São Caetano, em homenagem a esse ator que havia falecido em 1863. Outros teatros haviam surgido tanto na côrte como nas capitais das províncias; os espetáculos eram de companhias vindas do exterior com temas, elencos e idiomas próprios, havendo porém uma predominância do teatro português sobre os italianos e espanhóis, surgem grupos de amadores propiciando o aparecimento de sociedades dramáticas e de inúmeros elencos explorando sempre temas estrangeiros; a dramaturgia brasileira ainda não havia se manifestado. Ela vai se manifestar e se afirmar, num clima nacionalista e na época do romantismo através da obra de Domingos Gonçalves de Magalhães.

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