sábado, 26 de setembro de 2009

O início de uma dramaturgia


Surgem os dramaturgos brasileiros com temas populares e inexpressivos: Luís Alves Pinto com “Amor Mal Correspondido” foi um dos primeiros. Com temas também importados Manuel Botelho de Oliveira escreveu comédias que apesar de representadas no Brasil eram publicadas somente em Lisboa onde ficavam as impressoras. Os inconfidentes mineiros aderem à dramaturgia: Cláudio Manuel da Costa além de “O Parnaso” teve seus poemas dramáticos representados em várias cidades. Inácio José de Alvarenga Peixoto escreveu “Enéias no Lácio”. Muito importante é Antônio José da Silva, o Judeu, que juntou à comédia de tipo espanhol elementos de ópera italiana entremeando ainda os diálogos de suas peças, de cunho essencialmente popular com músicas nacionais e italianas. É grande a semelhança com as zarzuelas madrilenhas. O historiador e polígrafo brasileiro João Ribeiro classifica-as como vaudeville. Dentre suas várias obras a mais célebre é “A Guerra do Alecrim e da Mangerona”. Nessa época o teatro francês passou por uma significativa renovação: - a declamação artificial foi substituída pela expressão dos estados psicológicos do ator em concordância com o texto representado, em outras palavras, a interiorização do texto pelo o ator e a exteriorização das emoções por ele provocadas. Essa renovação foi obra de dois autores franceses: Lekain e Talma e conferiu um aspecto mais realístico à arte cênica, entretanto não era conhecida nem praticada no teatro brasileiro, razão pela qual a interpretação dos atores era monótona e antiquada

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